Como uma boa artista frustrada, eu vivo por Pigalle e a autenticidade da Paris periférica.

Sim, algumas garrafas de vinho já haviam sido consumidas quando tiramos essa foto em frente ao (genérico, porém histórico) Moulin Rouge. A região de Montmartre tem um sentido muito poético pra mim, alguém com duas mãos esquerdas, voz de gralha e escrita de criança, mas com alma de artista.
Todo mundo sabe que esse era o bairro dos pintores "cool" principalmente no século XIX , mas pouca gente sabe que nem parte de Paris ele era. Sujo, rebelde, cheio de cabarés e artistas, Pigalle não mudou nada. A sujeira continua lá, as strippers estão um pouco mais novas, o Moulin Rouge um pouco mais caro, mas a vibe periférica ainda paira no ar.
Costumo frequentar Montmartre muito menos que eu gostaria, especialmente por causa da distância, mas o Bouillon Pigalle vale qualquer distância. Um verdadeiro bistrot francês, com práticos MAIS do que tipicos, deliciosos e preparados com ingredientes de produtores locais. O preço é JUSTÍSSIMO, chegando até a ser barato pelos padrões parisienses e o vinho de mesa deliciosamente regional e acessível.
Amo!

A única coisa com a qual se preocupar é a fila, que chega a deixar a gente em pé por mais de 1 hora, mas nada que os paulistanos não tenham enfrentado num sábado qualquer no Outback, certo?
Chegando lá, eu aconselho, de todo coração, o Hachis Parmentier pros vegetarianos e o sensacional Ragout d’agneau et haricots blancs. Não me pergunta o que é, não coloca no Google Translate, só fecha o olho e vai! Se você quiser conferir o menu completo, clica aqui.
Pra chegar lá, pega a linha 2 e desce em Pigalle, ou pede pro Uber te levar no 22 Boulevard de Clichy, 75018.
Aproveita!
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